Palavras longas
Que não falam
Palavras que dizem...
Não dizendo
Palavras que caladas...
Gritam no silêncio
Palavras que sufocam...
O grito que não gritam
Palavras doridas
Que doem sem dor
Palavras que com medo...
Se escondem...
Do amor
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Na sombra do tempo...
Caminhamos sem rumo,
Ou destino
Vagueamos perdidos...
Procurando guarida,
Nas nuvens,
Na estrela polar,
Numa galáxia,
Qualquer
Cavaleiros,
Solitários...
Galopando,
Sem rédeas...
Ao sabor do vento
Soltando amarras,
Respirando ternura,
Suspirando amor
Flutuando livres,
No espaço,
Infinito...
Da liberdade,
De sonhar...
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Rumo...
À estrada do tempo
Em busca do impossível
Voando...
Sobre as nuvens,
E as galáxias
Do espaço infinito,
Intemporal
Percorro o tempo
No tempo que passa
Em busca de ti
E busco de ti...
Um espaço para mim
Dentro do teu...
Coração
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Avanço lentamente,
Pela margem do tempo,
Que não pára,
E que dói...
Sempre que passa
Vagueio nele,
Sem rumo...
Ou destino
Espero na esquina,
Que ele volte,
E me encontre
Talvêz!
Perdido por aí...
Na esquina do tempo
Esperando...
Que o tempo...
Não passe por mim,
E me leve...
Para o infinito...
Intemporal
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Noite...
Adormeces a meus pés,
Tranquilamente...
No teu regaço...
Envolves a bruma,
E o silêncio
Suspiras...
Pelo radiar da manhã,
Ansiosamente
Num sonho...
Pleno de alegria,
E emoção
Noite...
Absorve-me no teu seio
E deixa-me dormir
Tranquilo...
Não sonhes...
Em voz alta
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POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Procuro em vão,
Por ti...
Mas não te vejo
Sinto há muito...
Que não existes
Não te sinto,
Não te toco,
Mal te olho
Sinto-me...
Desesperado
Tento pensar...
Em não pensar,
Mas não posso!
Dói esta angústia,
Esta solidão
Tento encontrar,
No vazio do silêncio,
Preencher o meu ser,
Despido de carinho,
E amor...
Procuro no mar,
A calma,
A serenidade,
Que preciso...
Para este meu,
Desespero...
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Vagueio...
No espaço infinito,
Do universo
Galopando...
De galáxia em galáxia,
Procurando nas estrelas...
O meu espaço,
De mortal,
Insignificante
Procuro o sol,
E a estrela cadente...
No espaço infinito,
Do Universo
Simples meteorito,
Fragmentado
Que se há-de desintegrar,
Se transformar em pó
De encontro,
À sua insignificante,
Orígem...
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Tantas vezes sonho,
Ser pássaro
Voar alto,
Longe...
Procurar ser feliz,
Noutras paragens...
Noutra dimensão
Porém...
Não tenho asas,
Não posso voar...
No entanto...
Voarei sim,
No tempo...
Para te encontrar,
E ser feliz
Já te vejo ao longe...
Mas não consigo alcançar-te
Estás distante,
Muito distante...
Mas não desisto,
De te agarrar
Voarei mais e sempre mais...
Até te alcançar
E aí...
Quando isso acontecer...
Então sim!
poderei dizer...
Já não me importa,
De não ter asas .
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Sempre que ouço...
O vento soprar,
Escuto-o...
Tem sempre algo,
Para me dizer
Ouço-o sempre...
Com atenção
A sua brisa...
Refresca-me,
E acalma-me
É tranquilizante,
Ouvir os seus conselhos,
Tão sábios,
E inebriantes
É bom ter o vento,
Como conselheiro
A sua sabedoria,
A sua força
Dá-nos alento...
Para seguirmos em frente,
Nunca desistirmos
É bom...
Ouvir o vento
Que sopra...
Dentro de nós.
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Vasculho nas margens,
Da imaginação...
Uma nesga,
Um espaço,
Uma miragem...
Procuro...
Na vanguarda,
Do vento...
Espaço para sorrir,
E sonhar
Sussurro ao tempo...
Que me indique o caminho,
No qual veja o sol,
E as estrelas...
A estrada é longa,
Infindável
Mas...
O impossível...
Se torna possível,
Se quisermos,
Sonhar...
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
MÚSICA LINDA... TAL COMO TU PRINCESA!!!
AMO@TE MUITO!!!
Quando Deus te desenhou, ele tava namorando
Quando Deus te desenhou, ele tava namorando
Na beira do mar, na beira do mar do amor
Na beira do mar, na beira do mar do amor
Papai do céu na hora de fazer você ele deve ter caprichado pra valer
Botou muita pureza no seu coração
E a sua humildade fez chamar minha atenção
Tirou a sua voz do propólis do mel
E o teu sorriso lindo de algum lugar do céu
O resto deve ser beleza exterior
Pois o que tem por dentro pra mim tem mais valor
Quando Deus te desenhou, ele tava namorando
Quando Deus te desenhou, ele tava namorando
Na beira do mar, na beira do mar do amor
Na beira do mar, na beira do mar do amor
Papai do céu na hora de fazer você ele deve ter caprichado pra valer
Botou muita pureza no seu coração
E a sua humildade fez chamar minha atenção
Da estrela mais bonita o brilho desse olhar
Diamante verdadeiro sua palavra foi buscar
O resto deve ser beleza exterior
Mais o que tem por dentro pra mim tem mais valor
Quando Deus te desenhou, ele tava namorando
Quando Deus te desenhou, ele tava namorando
Na beira do mar, na beira do mar do amor
Na beira do mar, na beira do mar do amor...
DESENHO DE DEUS BY ARMANDINHO
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Ato um fio de sonho
A uma centelha dos teus olhos,
Prendo outro no tempo,
E mais outro no espaço!
Sento-me no teu sorriso
E os teus dentes alvos
Acariciam-me a saudade!
Olho o céu
E leio nas estrelas o teu caminho...
Perco-me nas ondas das tuas palavras
E esqueço o calor dos teus braços!
Entrego-me à carícia da tua lembrança
E roço os lábios na tua indiferença!
Entrelaço os dedos nas forças que não sinto,
E carrego os teus átomos para a minha cama!
Contorço-me nela e recolho um beijo do acaso!
Neste mistério escorrendo pela cascata da alma,
Partem-se os fios,
Precipito-me no abismo!
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Reencontro...
O fascínio da fantasia,
E do sonho
Descubro de novo
A esperança...
E a alegria
procuro de novo o sol...
E a luz
Vou ao encontro de ti
Sonho outra vez...
Com o amor
Busco a carruagem
Que me levará...
Estrada fora
Até ao infinito...
Das emoções
Sinto o vibrar...
Das entranhas
O tocar de sinfonias
O sorriso das crianças
Há a voz da esperança...
Dentro de mim
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Chamam-me do lado de lá,
Do futuro adiado,
Espero...
Quero pensa, mas a voz continua,
Ou o seu eco!
Por favor, calem-se!
Quero pairar sobre mim,
Descobrir o que é este entranhar-me
Em sentimentos desconhecidos,
Estas emoções mágicas
De sonhos transformados em nuvem
Voando até ti!
Lancei as minhas palavras em letras soltas
Em bolas de sabão que sobem,
Sobem ...
Quando elas rebentam no ar,
As letras juntam-se num bailado,
E no céu apenas se lê:
Amo-te!
No azul, as letras fazem uma dança de roda!
Em todas as posições, dizem sempre o mesmo.
De mãos dadas,
Não mudam de posição,
Não se desencontram
E só se lê: amo-te!
Solto-me em visões,
Confesso-me em mistérios
De lua Cheia...
Procuro-te entre o Tempo,
Em nebulosas que desconheço,
Numa intensidade de sussurros,
Em mudos apelos!
E no céu que te ofereço
Sopro letras e palavras
Cúmplices dos meus lábios!
Passeio-me sobre um amor
Feito de melodias insensatas,
Centelhas de desconhecido
Fechadas num mundo que não conheço...
E, no início de nós,
Encontro-te na eternidade
De um luar
Aberto sobre a terra,
No céu da minha noite sem estrelas!
Gostar de ti
É um poema que não digo
É um sentir com sentido
É seres tu, o meu porto de abrigo.
Tua voz tem o mais belo som
Como o cantar do mais belo rouxinol
Tuas palavras são letras que compõem
A melodia que é esta minha vida……
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Lembro-me dos teus olhos,
desponta um momento
de sentida dôr,
que o coração sente,
como uma vaga que rompe,
na areia onde se espraia,
solidão fria, aguda,
penetrando a sombra,
onde o dia arrefece.
Lembro-me dos teus olhos,
de um esgar no sorriso,
cosmético,
enfeite das rugas -
da expressão de ausência
com que me deixaste.
Permaneço inteiro,
as mãos com a força
com que te espero,
talvez tomar-te.
Talvez um dia,
no teu regresso.
Mais uma noite sem dormir...
Não consigo mais viver assim
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
As palavras fluem, silenciosas
A minha essência revela-se nelas.
Tu recebes um pouco do meu ser,
Transpões a distância,
E ficas tão perto!
O teu coração chega ao meu.
A tua voz é doce,
Dá-me paz e conforto:
E eu acredito de novo
Na pureza de coração
Por existires
O teu mundo é idílico
E tu és o seu centro:
O cheiro da maresia,
A areia e o sol
Preenchem-no
E eu sinto-os em mim
Quando estás comigo
Tenho saudades tuas...
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Estou tão longe
E tão perto
Neste meu desejo secreto
Na subtileza do silêncio
Desenho um poema discreto
Uma lua brilhante...
Sem pedir licença entrou no meu mundo
Lá de fora vejo a vida diferente
Não quero esquecer este momento
E de repente, sinto-me tão viajante...
Saio da cama, percorro os corredores
Desta intensa viagem…
Abraço um sonho
Desenho mais uma palavra
E desejo-a...
Oculta na magia do meu pensamento
Sem autorização, ela borra-se no meu poema
E ama-me lentamente
Sento-me do lado de fora
Na imensidão da minha ausência
Para vislumbrar este cenário de saudade
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Quando um dia te vi
E então te conheci
Entrei numa dança de amor
Quase perfeito
Amor que não cansa
E é vivido de um jeito
Onde fica sempre qualquer coisa por dizer
Por se fazer
Onde o tempo é sempre pouco
Para se dançar
Este amor tão louco.
Como tem crescido
Este amor proibido
Como ainda cresce
E comigo mexe.
Louco e sentido
Amor profundo
Que muitos não têm
À margem do mundo
Onde só as estrelas nos vêem
E loucuras vêm.
Como apagar a chama
De quem assim ama
Se é maior a saudade
E é grande a vontade
De querer aproveitar
O tempo que é pouco
Para se dançar
Este amor tão louco.
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Querem transformar as letras mortas
Em vida animada
Decompor frases tortas em palavras certas ou erradas
Mas esquecem-se que cada palavra é a batida de um coração
Que as palavras são como os reflexos do meu... do teu olhar...
De um mundo que morreu lá fora, e de um outro que é de ninguém
As palavras restos de sentimentos
Calos de liberdade ou coisa parecida
Fragmento de dor e pensamento
Que tentam transformar o que esta invisível... no que é visível
Que ensinam a um cego o que é o vazio
Que põem palavras na boca de um mudo
E sopra frases aos ouvidos de um surdo
As palavras são loucas
São a luz que transformam os nossos dias em versos
As horas em frases
E uma vida num poema
As palavras são o agora... o antes e o depois
São elas que nos transportam para um mundo paralelo
Que nos levam a ter certezas do que é incerto
E que nos demonstram que tudo, para nós nunca será o bastante
Cada palavra é um desejo diferente... grandioso... e cruel
A palavra é bela... mágica... e dolorosa
A palavra tem o poder de nos fazer chorar ou de nos fazer rir
Não existe vida sem palavras
Não existem palavras sem vida
Não existe vida que murche sem nunca dizer uma palavra
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Abraço-te,
percebo-te no silêncio dos teus lábios
nos olhos húmidos
repousando na maresia,
pintada pelo sol
em cores que não se sabem dizer;
não se copiam.
Sinto os teus braços
nos meus,
sinto todo o teu corpo tremer.
O teu cabelo fala ao vento
e liga-se aos meus lábios
olhamos,
com o olhar paralelo,
como se fossemos
um par de dois olhos
um ser estranho,
bicéfalo.
A ternura da tua pele
arrecadada nos meus dedos,
tem a textura de todas as memórias,
o sabor de ti
o teu cheiro
que me violenta e inebria
que não me deixa esquecer,
que vivo de ti.
Depois ficam as palavras,
lidas, relidas,
o tema sempre repetido
eterno amor.
Que do resto,
do mundo de todas as histórias,
as cicatrizes da alma
mostram,
testemunhas
permanentes, confidentes
que nunca nos deixam sós...
E de repente...
acordo...
e tu não estás aqui...
tudo não passou de mais um sonho...
Um sonho que um dia
pensei que fosse para sempre.
Tenho saudades tuas princesa...
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Só tu
Podes ser o meu amor
Só tu
Me fazes chorar
Só tu
Me fazes rir
Só tu
Me fazes viver...
Viver amor.
Só tu
Podes ser a minha força
Só tu
Me fazes vencer
Só tu
Me fazes sonhar
Só tu
Me fazes querer...
Querer amor.
E se eu preciso
De viver
E se eu preciso
De querer
Eu te chamo
Eu te canto
Amor
Eu te amo
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Perdoa, se me esqueço que há limites para te querer...
Se, de repente, me descubro perdido no teu olhar
Sedento e faminto de ti,
Á espera que me adivinhes
Que, de algum modo, o milagre aconteça
E tu acendas o rastilho dos desejos
Em que silenciosamente,
Dia após dia,
Me enleio e excedo em pecados
Que nunca ousarei confessar...
Perdoa, se me impaciento e entristeço
Sempre que a espera se prolonga
Pela eternidade dos minutos, das horas e dos dias que passam
Mais do que a ansiedade me permite esperar...
Perdoa, se desejo louca e desenfreadamente
Que estejas presente e envolvida
Quando te pressinto demasiado contida, fria e distante...
Perdoa, se me escondo e disfarço as minhas agruras
Por detrás de lágrimas errantes e mal dissimuladas,
Se não arrisco a coragem de me descobrir no fundo dos teus olhos,
De te falar das dores que me trespassam,
Como flechas envenenados,
Das chagas abertas que me rasgam as entranhas
E do muito que me magoas
Sempre que avanças e recuas,
Sempre que te procuro e sinto que me escapas,
Ou quando emudeces e te proteges
Em ausências longas e abusivas...
Perdoa, se me atrevo a esperar tanto de ti
E se, tantas vezes, me esqueço
E invado intempestivamente, o teu espaço
Mais do que estás disposta a permitir...
Perdoa, por todos os excessos e desvarios
Por todos os erros e omissões...
E, sobretudo, perdoa...
Por não saber de outro jeito, para GOSTAR DE TI!
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Lua
Minha confidente
Candeeiro de rua
Para tanta gente
Vou ver se consigo
Desabafar contigo
O que o meu coração sente.
Sabes lua
Eu tenho um sonho
Penso que está preso
No tempo a passar
Pois sinto-me estranho
Triste e surpreso
Com meu peito a apertar.
Sabes lua
Este meu ser passivo
Este medo de avançar
Este sonho sem nome
Dorme inactivo
E se não acordar
Só me consome
Diz-me lua
De asa cortadas
Um sonho não voa
Para a realidade
A ideias paradas
O tempo não perdoa
Vem a ansiedade.
Diz-me lua
Minha companhia
E de qualquer alma nua
Neste final de dia
Se o meu sonho contasse
Ao mundo o mostrasse
Minha alma sorria.
Diz-me lua
Meu peito apertado
É o sonho a pedir
Para crescer e vencer
Mas num canto fechado
Sem poder sair
Pode o sonho morrer.
Quero estar só
Escrever na ilusão
Aproveitar este dom
E falar ao coração.
Quero estar só
Refugiar-me no meu espaço
Aconchegar-me no regaço
Da solidão
Pensar no que faço
Nas linhas que traço
E falar ao coração.
Quero estar só
Ser em bons modos
Surdo, mudo e cego para todos
Alhear-me de qualquer
Outra intenção
Ou de quem vier
E falar ao coração.
Quero estar só
Gozar-me desse direito
Ver-me, ouvir-me, sentir-me…
Do meu jeito
Esquecer-me dos minutos, horas, dias…
Entrar na ilusão
Carregar baterias
E falar ao coração.
Apareceste como luz no meu túnel
Quando a esperança se ausentara
Meus olhos se ofuscaram indecisos
Conformados estavam no negrume
Sem eira nem beira hirtos no abismo
A luz que transportas em ti
Agarrou a esperança desfalecida
Meu pobre esqueleto endireitou-se
Aprumou sua fome, seus temores
Um anjo alado sorriu-lhe, acenou
No profundo escuro fez-se luz
As sombras voltaram completas
Meu coração despertou tranquilo
Ajoelhou-se à gratuidade ingénua
Numa linda mão lânguida, calorosa
Foste a luz no meu buraco negro
Luz és, luz serás eternamente!
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Os olhos tocam-se
magnânimes,
despertam a vontade
de te ter,
e na linguagem parada
dos sinais,
dos códigos
inventados no momento,
construo a vontade
de dizer,
o que o fundo dos teus olhos
já me disse,
a volta da alma
que não fala
e me perde
na questão irrespondida,
que os tempos
são outros
são passado,
e meus olhos gastos
não atingem,
os teus olhos já não olham
já não vêem
são doutros olhos
o que olho
e não entendo.
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Foge-me o tempo
entre os dedos
e os meus dias
são histórias breves
reveladas
repetidas.
No cair da noite
desce no meu peito
a tua ausência
e o teu silêncio
grita
estrondosamente
o quanto insisto em que me faltes,
e que digas a toda a gente
dos meus olhos cansados
meus braços caídos.
Meu corpo desce
em queda livre
amparado ao sofá de sempre,
o meu copo sempre vazio
bebe as palavras
que recuso guardar.
Ao cair da noite
a cama cínica,
vazia,
fria - guardada.
Os lençóis ainda dobrados
cobertos da tua memória.
No cair da noite
não há hora
de a madrugada
voltar.
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Recordo…
Momentos…
Fragmentos…
Pensamentos…
Sentimentos…
Que vivi…
Que senti…
Partilhei…
Sorri…
Sofri…
Amei…
Toquei…
Pensei…
Sonhei...!
E voltei a viver
As recordações
E as emoções
Dos momentos
Fragmentados
Dos pensamentos partilhados
Contigo,
Consigo,
Comigo!
Com o mundo…
Surdo…
Mudo…
Como tudo o que se agita…
E assiste
Triste…
Á queda do seu próprio muro!!!
Escuro,
Duro,
Pouco seguro,
De si!!
Todos esses momentos, meros fragmentos
Dum eu que não existe…
Contornam os pensamentos
E todos os sentimentos que vivi,
O meu passado afagam
E no futuro se agarram
Como uma parte de Mim!
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
(Para ti princesa, aqui fica o original)
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Quando ouço uma música
e me lembro de ti,
quando vejo uma imagem
e me lembro de ti,
quando passo por algum lado
e me lembro de ti,
quando simplesmente me deito
e me lembro de ti,
reparo que está sempre a acontecer...
não consigo parar de pensar em ti.
Tenho saudades
saudades dos nossos momentos
saudades de ti...
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
O amanhã
Que não chega
Que não tarda
Que não nada
Que se esmaga de encontro ao hoje
Que venha o amanhã
Na manhã do depois
Em que nós os dois
Esperamos pela espera
Que desespera
Pelo que não chega
Hoje não quero
Talvez depois
Num amanhã
Que demora
Demasiado
Que não chega acordado
Que não mata o tempo
Nem mesmo o sentimento
Que teima em findar
Talvez um amanhã
Que não vem
Me traga o sonho
Apagado
Dum beijo derramado
Em tudo o que inventei
Hoje não espero
Pelo amanhã
Que não quero
Nas sombras do que fui
Amarrado no cabo do medo
Mergulhado em mim
O passado que já não é
Mas o que é hoje
Senão mais do que o futuro de ontem
E o passado do dia que corre
Deste tempo que não morre
Só escorre
Pelos dedos
Que não tardam
Não falham
Se encravam!
Então o amanhã
Que não queria
Acabou por chegar
No passado do dia
Que é hoje
Vindo da vontade
De uma liberdade
Que não consigo agarrar
Deste tempo que torna passado
Tudo o que será, que é
Que já foi
Este amanhã
Fado endiabrado
Cravado de pecado
De espera pelo que virá
E já não existe
Quero que o amanhã
Que não chega
Não venha
Não dure
Não cure
Não segure
Tudo o que sinto
No que senti
E me transforme
Em pó dos sonhos
Que não existem
E já ninguém lembra
Que existiram
Não quero que o amanhã chegue
Amo intensamente...
Porque só assim consigo saborear
O verdadeiro paladar do amor...
Só desta forma alcanço
A qualidade que me é descrita
Pelos mais altos poetas
Amo intensamente...
Porque só assim consigo amar
E procuro descrever-me
Em mais um conjunto de frases
Que devolvem a sua verdade
A respeito deste teatro de palavras
Que formam esta representação fiel da minha alma
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Chegar a casa e desejar-te,
Embriagado pelo teu cheiro,
E só poder, enfim, sonhar-te –
Com o que isso tem de verdadeiro –,
Tendo apenas uma pequeníssima parte
De um todo que se quer inteiro,
Torna-se tão mais difícil arte,
Quanto mais longe o teu cheiro.
Mas se a memória se sujeita
Ao dolo da vontade intransigente,
Se se obriga e nela aceita,
A imagem distante e verdadeira,
Terá no esforço aparente,
A sua reconciliação derradeira.
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Ficámos sós
Com vontade sem voz
Percebemos que nós
Já não somos um
De paixão inibida
A sensação de despedida
Um adeus sem partida
Para lado algum.
Vives do passado
Um presente assombrado
Coração inconformado
Por vida tão bera
E eu preciso mudar
O jeito de te amar
Ter-te para não ficar
Á tua espera.
De alegria apagada
Vagueio no nada
Sou a fé cansada
Simplesmente eu
Não sou um senhor
Não sou o pior
Nem sou o melhor
Mas sou eu.
No amor vivido
Um homem sabido
Erra distraído
Por não perceber
Que por mais que te queira
Viver na asneira
Não é maneira
De te querer.
Se me disseres
Que já não me queres
Não procuro mulheres
Nem será o meu fim
É bem verdade
Que doa a saudade
Mas ainda gosto da metade
Que sobra de mim.
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Vivias no fundo dos meus olhos…
Num local remoto, recôndito,
Distante e pouco acessível,
Rodeado de traiçoeiros precipícios,
Nas escarpas do medo.
Algures, no sublimado brilho da íris,
Entre o verde-esmeralda da esperança
E os luminosos tons terra
De um Outono ensolarado.
Vivias no fundo dos meus olhos…
Habitavas um compartimento
Da dimensão dos meus sonhos
Feito á medida para ti,
Sob a cobertura de um manto de estrelas,
Virado ao sol e ao mar
Ladeado por viçosas palmeiras
Que se agitavam ao sabor do vento
E de atrigueiradas dunas
De areia fina e escaldante.
Nas calidas noites de verão,
Passeavas-me longamente nos cílios
Como pequenas gotas de orvalho
E dormias comigo ao relento
Espreguiçando-te como um felino dengoso,
Na esteira prateada do luar
Onde saboreavas a suave brisa marinha
Que docemente nos envolvia
Colando-se-nos à pele
Em cascatas de beijos húmidos e salgados.
Depois, perdias-te de mim,
Na eterna contemplação
Das longínquas galaxias
Que no firmamento te acolhiam
Sorridentes,
Em centelhas de luz.
E eu, beliscado pela tristeza
E pela dor súbita da tua ausência
Ensaiava adormecer-te eternamente na alma
E abrigava-me furtivo e pesaroso
Nos braços esguios e lânguidos
Da madrugada em flor…
Por muito tempo
Viveste no fundo dos meus olhos…
Mas não o sabias,
Ou, talvez nunca o tivesses
Verdadeiramente querido saber,
Por ser sempre mais facil
Tolerar o peso do que não se sabe.
Sobretudo, quando não se têm certezas
De também se querer acolher
No fundo dos olhos,
Os sonhos de alguém,
Ou alguma coisa,
Para além dos excessivos
E negros contornos
Que dão forma à sombra
Da própria existência…
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Amo-te aqui…
Onde ninguém te vê
E todos te sentem
Onde o mar toca os meus sentidos
E me acorda para te descrever
Amo-te aqui e ali…
Onde o som da tua voz
Se confunde com o ruído suave da noite
Onde as estrelas
Sussurram pelos cantos do universo
Amo-te cá…
Num local onde a Lua nunca tocou
E a madrugada em tempo algum ousou pousar
Onde a vibração dos corpos é eternamente intensa
E os anjos se embriagam levemente
Amo-te…
Como se algum dia esperasse o fim da eternidade
Para te deixar um beijo no rosto
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Por vezes sentimos coisas que nunca tínhamos imaginado poder sentir.
Por vezes queremos que o tempo volte atrás e que tudo o que se passou volte a passar.
Por vezes queremos ter mão no tempo e parar os instantes.
Por vezes queremos tanto que a vida nos dê o que tanto queremos.
Por vezes queremos que o mundo seja o sonho que criamos,
mas por vezes temos de viver e sofrer para dar valor ao que temos e ao que queremos.
Espero por ti,
Em cada rua em que passo
Em cada voz que ouço...
As rugas já se escondem,
No limiar do cansaço!
Espero por ti,
Nos becos mais escusos
Da nossa vida, suspensa.
Nos sonhos que me visitam
Em noites de lua cheia,
Nas marés que te não trazem,
No curso dos dias sem fim...
Sou um navio sem rumo
Em busca de um porto de abrigo.
E tu que não vens.
E tu que não chegas, nunca...
Choro, porque o meu olhar me obriga
A chorar a despedida, de quem já não chora
Por quem já cambaleou e o desespero mendiga
As carícias que me roubaram, outrora
Choro, já nem sei bem o porquê, o motivo
Às lágrimas suplico uma réplica de gratidão
Só para me encontrar, mais uma vez contigo
Aqui ou em qualquer lugar, na imensidão
Já me caí do olhar azul o meu pranto,
Uma vergonha insana de loucura
O desejo, desta forma de te querer tanto
Caí no meu rosto uma abusiva alacridade
Por uns segundos parei, recordei, guardei
A mais bela história de toda a perpetuidade
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Luzes
Sonhos desfocados
Interrogam-me continuamente
Se o desperdício atirado para um canto
Não é o coração deste corpo
Se a vida esquecida por momentos
Não será a totalidade da existencia!
Os sons balançam junto ao sol
Gritando palavras vãs
Sem forma...
Que me atiram para o incompreensivel
Para a minha própria mente
Doente, demente...
Totalmente decadente
Desejando tão imensamente
A redenção permanente...
As faces rodeando-me
Caras anónimas sorrindo
Sugam-me a vida sem razão
Arranham-me o coração
Mergulhando-me mais e mais na confusão
Questionando-me sobre qualquer possível salvação.
POR FAVOR DESLIGUE O COTONETE
Meus pés descalços
afagam o soalho
frio
no meu canto,
incontornável,
mergulham à roda
do meu peito,
como se nascesse agora.
O silêncio
permanece no meu rosto,
a boca calada
seca,
palavras que não se
travestem de sons,
são imagens sem código,
pedaços visíveis
de um imaginário
invisível
que só eu sinto
e descortino no espelho,
nas rugas
de expressão.
A mesa semeada de
folhas brancas
convida-me,
a cadeira desarrumada
assimétrica,
quer-me...
dou-me, com o sentido
que as respostas
procuram,
mergulho num poema,
amarro minha mão
à pena gasta
que se entrega dócil,
- faltas-me tu,
suave ilusão
que guia as palavras
geradas,
vivas destas ruas
onde chego sempre
ao final
deste canto
incontornavel.
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